Acribia - Um bocadinho de rigor não faz mal a ninguém.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Último...

Hoje é o último dia do ano. Se há coisa que me irrita são aquelas pessoas que fazem as resoluções para o novo ano. E pior, aquelas pessoas que acham que toda a gente tem de fazer listas também.
Há uns anos atrás perguntavam-me sempre: "Então, quais as resoluções??". Bolas!!! Não há resoluções!!! É apenas um dia, acaba um ano de calendário. O verdadeiro calendário, os verdadeiros marcos estão dentro de nós, no nosso cérebro, nas nossas memórias: o melhor verão, o melhor natal, o melhor ano, o dia mais triste... Nem sempre nos lembramos do dia do calendário, e se nos lembrarmos quase sempre é por haver algo exterior que podemos relacionar. Por exemplo, não sei em que dia foi, mas lembro-me do incêndio no Chiado. Lembro-me porque naquele dia estava a ver televisão com os meus pais e o meu irmão (coisa rara, já que os meus pais trabalhavam em turnos alternados). Não sei porque naquele dia estávamos todos juntos na sala, o meu pai deitado no sofá, minha mãe na poltrona, meu irmão (pequenino) a brincar e eu, sei lá, espantada com aquela rara reunião. Então no Jornal Nacional falaram de Portugal. Pela primeira vez aquele país que parecia apenas existir na imaginação do meu pai materializou-se como real para mim. Existia mesmo!!! Outra data marcante foi o dia em que o Zico falhou o penalti na Copa do Mundo do México, ditando a eliminação do Brasil. Lembro-me da profunda decepção que senti. Lembro-me da roupa que vestia, da minha reacção, dos meus sentimentos e mais uma vez da família à volta da TV.
O ano acabou. A minha vida continua igual. Não acontece nada do que eu desejava, os meus mais profundos desejos ficam sempre por realizar... Que chatice! Sinto-me velhíssima, cansada...
Bom ano, mais 365 dias para tentar outra vez! Há tempo.
365 dias não, porque este ano é bissexto!!

Feliz Ano Novo!!!

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Blogue: Ter ou não ter, eis a questão.

É chegado o momento na vida de um cidadão em que ele pensa: tenho de ter um blogue! Ou talvez não, vejamos: há blogues para tudo. Há animais de estimação que têm blogues!!! Como ainda não vi nenhum gato a digitar algo num teclado, devo deduzir tratar-se de uma caso de esquizofrenia de algum dono que não é capaz de admitir que escreve mal. Tipo "Oh, pá! Escrevi aquilo como se tivesse a inteligência de uma gato, tás a ver?!". Ora bem... Eu não. Cá escreverei umas coisas dando asas à minha total inabilidade para a escrita, assim como à minha provável esquizofrenia. Fa-lo-ei sem usar capa hipócrita de felino ou personagem de B.D. Eis aqui a tipa que não sabe escrever, mas lá vai tentando. Quanto mais não seja para não perder o hábito.
Alturas houve em minha vida em que escrevia muito. Depois parei (nota-se, de resto). Não sei porque, ou melhor até sei mas foi revés que prefiro não registar aqui. Fica apenas na memória. Nos últimos anos tenho me apercebido que quanto menos falamos das nossas experiências pessoais melhor. Na realidade acho que as pessoas que conheço é que não são dignas de me conhecer assim tão bem. Mas eu não resisto e acabo sempre por falar demais. E depois arrependo-me. Nevermind.