Hoje é o último dia do ano. Se há coisa que me irrita são aquelas pessoas que fazem as resoluções para o novo ano. E pior, aquelas pessoas que acham que toda a gente tem de fazer listas também.
Há uns anos atrás perguntavam-me sempre: "Então, quais as resoluções??". Bolas!!! Não há resoluções!!! É apenas um dia, acaba um ano de calendário. O verdadeiro calendário, os verdadeiros marcos estão dentro de nós, no nosso cérebro, nas nossas memórias: o melhor verão, o melhor natal, o melhor ano, o dia mais triste... Nem sempre nos lembramos do dia do calendário, e se nos lembrarmos quase sempre é por haver algo exterior que podemos relacionar. Por exemplo, não sei em que dia foi, mas lembro-me do incêndio no Chiado. Lembro-me porque naquele dia estava a ver televisão com os meus pais e o meu irmão (coisa rara, já que os meus pais trabalhavam em turnos alternados). Não sei porque naquele dia estávamos todos juntos na sala, o meu pai deitado no sofá, minha mãe na poltrona, meu irmão (pequenino) a brincar e eu, sei lá, espantada com aquela rara reunião. Então no Jornal Nacional falaram de Portugal. Pela primeira vez aquele país que parecia apenas existir na imaginação do meu pai materializou-se como real para mim. Existia mesmo!!! Outra data marcante foi o dia em que o Zico falhou o penalti na Copa do Mundo do México, ditando a eliminação do Brasil. Lembro-me da profunda decepção que senti. Lembro-me da roupa que vestia, da minha reacção, dos meus sentimentos e mais uma vez da família à volta da TV.
O ano acabou. A minha vida continua igual. Não acontece nada do que eu desejava, os meus mais profundos desejos ficam sempre por realizar... Que chatice! Sinto-me velhíssima, cansada...
Bom ano, mais 365 dias para tentar outra vez! Há tempo.
365 dias não, porque este ano é bissexto!!
Feliz Ano Novo!!!
Há uns anos atrás perguntavam-me sempre: "Então, quais as resoluções??". Bolas!!! Não há resoluções!!! É apenas um dia, acaba um ano de calendário. O verdadeiro calendário, os verdadeiros marcos estão dentro de nós, no nosso cérebro, nas nossas memórias: o melhor verão, o melhor natal, o melhor ano, o dia mais triste... Nem sempre nos lembramos do dia do calendário, e se nos lembrarmos quase sempre é por haver algo exterior que podemos relacionar. Por exemplo, não sei em que dia foi, mas lembro-me do incêndio no Chiado. Lembro-me porque naquele dia estava a ver televisão com os meus pais e o meu irmão (coisa rara, já que os meus pais trabalhavam em turnos alternados). Não sei porque naquele dia estávamos todos juntos na sala, o meu pai deitado no sofá, minha mãe na poltrona, meu irmão (pequenino) a brincar e eu, sei lá, espantada com aquela rara reunião. Então no Jornal Nacional falaram de Portugal. Pela primeira vez aquele país que parecia apenas existir na imaginação do meu pai materializou-se como real para mim. Existia mesmo!!! Outra data marcante foi o dia em que o Zico falhou o penalti na Copa do Mundo do México, ditando a eliminação do Brasil. Lembro-me da profunda decepção que senti. Lembro-me da roupa que vestia, da minha reacção, dos meus sentimentos e mais uma vez da família à volta da TV.
O ano acabou. A minha vida continua igual. Não acontece nada do que eu desejava, os meus mais profundos desejos ficam sempre por realizar... Que chatice! Sinto-me velhíssima, cansada...
Bom ano, mais 365 dias para tentar outra vez! Há tempo.
365 dias não, porque este ano é bissexto!!
Feliz Ano Novo!!!